domingo, 1 de dezembro de 2013

mais crises e lulus pt1

Mencionei anteriormente que quando entro em crise, escrevo.
Tenho pelo menos 5 textos salvos nas notas do celular que comprovam isso e que morro de vergonha apenas em pensar que alguém pode ler o que lá está, peloamordosmeusfilhinhos acho que vou vomitar.

Cá estou novamente, em crise e entre a alegria e o desespero. A alegria de ter o TCC aprovado e elogiado na banca final, realizando o sonho de uma menina de 13 anos que, ao perguntada, respondeu que queria ser jornalista. Cá estamos oito anos depois, eu, eu mesma e Irene e a menina que fui, objetivo cumprido.



Tudo muito lindo, emocionante, orgulhinho da família e etc. Tapinha nas costas e um joinha.
Mas aí, meu amigo, é que vem o desespero: CADÊ EMPREGO? Que área vou seguir agora? Será que vou conseguir pagar minhas contas? Será que sou boa o suficiente? A universidade vai validar minhas horas complementares? E se eu fizer uma pergunta errada pra fonte? E se eu cometer um erro horrendo na matéria? E se eu errar a concordância na frente do editor? E se eu esquecer uma vírgula? E se eu colocar uma vírgula entre o sujeito e o predicado? E se não quiserem me contratar por causa das minhas tatuagens? E se? E se?
Resumindo: NOW WHAT? E agora, José?

O amanhã, o depois e o que segue são um mar de possibilidades em que acabei de ser atirada com um currículo na mão e um "te vira, fia". A verdade é que não é o medo de errar que aterroriza, mas da consequência do erro; o medo de perder uma boa oportunidade por besteira. Medo de começar erroneamente a carreira que escolhi. Medo até de ter escolhido errado. Estou com medo do que não posso prever. Não me falta vontade de crescer, de aprender, de ser bem-sucedida. Sobra vontade, na verdade. No momento, o que está negativo na equação são as oportunidades.

Ainda sobre expectativas, crises e o sentimento de "socorr e agora?", hoje li um texto bacana sobre as razões da infelicidade da minha geração (tem uma versão resumida e em português aqui no youPIX). Confesso que partilho quase todas as características citadas, menos a ilusão de ser suuuuuuuuuuuuuuper especial. Estou com a geração que criou os baby boomers. Você tem de trabalhar duro pelo que quer, as coisas não vão acontecer magicamente por você achar que o mundo gira em torno do seu umbigo e que as coisas vão acontecer pois você é uma maravilha do universo ser especial. Tem gente que tem sorte, mas não exagera, galera (a menos que você seja, sei lá, tipo uma Gisele Bündchen, que nasceu com o popô virado pra Lua, é poderosíssima e trilionária)!

Outra coisa que vai me levar a outra coisa, mas que no momento não é a coisa principal, é mais uma característica que não compartilho (tanto) com a Gen Y: o oversharing. Claro que sou toda digital, não fico mais de uma hora sem verificar meu celular e também já fui adolescente cabeça-de-vento e compartilhei muita coisa com os coleguinhas de redes sociais.

Percebi que a palavra "coisa" se repete muito nesse parágrafo. Coisifiquei esse trecho.

Mas honestamente, qual a necessidade de dividir com amigos e estranhos desde informações inúteis até as mais íntimas, como disse Luane: "aí a mina bota: 'eu sento na pica de um por um. Bom dia'. Aí quer que os garotos respeitem. Como?".
Não estou sendo machista, por favor! Cada um, menino ou menina, pode e deve aproveitar seu corpo como quiser, mas precisa compartilhar no perfil do Facebook? Perfil esse que, lembrando, pode ser visitado por futuros empregadores. É tanto oversharing que não sei como a galera do Obama aguentou espionar...

O que me leva a outra coisa que queria comentar: a polêmica do Lulu. Mas esse texto ficaria IMENSO e


Então clique aqui para ler minha humilde opinião sobre o tal lulu. :)

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